meu universo em uma bolinha de sabão

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sábado, 15 de maio de 2010

TPM



Ontem eu acordei feliz da vida, pensei até em postar isso no tuit, mas logo em seguida quando tive que encarar aquele ônibus lotado de salto alto e livros no braço e nenhuma santa alma se ofereceu para segura-los, eu quis matar a todos, joga-los pela janela, segurar só a cabeça para fora até que um caminhão a arrancasse do corpo, mas infelizmente não foi possível colocar minhas idéias em prática. Depois ao descer do ônibus um acesso de paz tomou conta de mim, parecia que estava tudo certo de novo, um friozinho seguido de uma garoa boa, até que cheguei no trabalho e vi que a maquina de café que eu gosto estava em manutenção ahhh que vontade de chorar, me trancar no banheiro e chorar e fazer birra até alguém concertar a maledetta maquina de café. Fui pra sala de treinamento e tive que assistir um monte de gente cantando músicas que eu não escutaria nem se fosse o único ritmo do mundo e eu quis dar um tiro nos meus ouvidos e me poupar daquilo, um tipo de sentimento de “vergonha alheia” tomou conta do meu ser. Mas para o bem de todos o meu humor melhorou ao longo do dia, fizemos um happy hour depois do trabalho, e eu vim pra casa. Cheguei em casa e eis que me deparo com um amigo sem graça do meu irmão - (Sim, Diogo, é vc mesmo!) - , e isso acordou a parte sarcástica, irônica e mal- educada que estava adormecida em mim. Perdi as contas de quantas vezes mandei-o se fuder, acredito que um dia ele aceitara minha sugestão.

Hoje acordei de péssimo humor, quis chorar porque não tinha leite condensado no armário, e acabei dando risada da briga das gatas. Me senti preguiçosa e cheia de energia e quando resolvi perguntar whatafuck is going on comigo !? Recebi como resposta de mim mesma “TPM Feelings” .

E para os moçoilos que não entendem bulufas disso, eu também não vou perder meu tempo tentando explicar ( no exato momento estou mais interessada em explodir a casa dos meus vizinhos que estão pagofunkeando). Mas saiba que isso afeta todo ser do sexo feminino, até mesmo ALOKA do seu grupinho que parece estar sempre de bom humor, afinal, ela também esta sobre efeito dos descontrolados hormônios femininos todos os dias, e você nunca sabe quando ela podera te apontar uma arma. Então lembre-se de tomar cuidado com as piadinhas nessa época, já que TPM é atenuante de pena por homicídio.


segunda-feira, 15 de março de 2010




"Ai, quinta-feira, dia 11 de março de 2010, senti uma agulhada em meu rim direito, que em um instante atingiu o esquerdo e que rapidamente tomou conta de toda minha região lombar. Imediatamente lembrei das cólicas renais do meu pai e praguejei todos os malditos médicos, pseudos-mães-dinás, que dessa vez acho que acertaram na hereditariedade dos malditos calculos renais." - Sem mais por uma semana...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Bogarim




Do silêncio da chuva e um minuto
Do vestido da moça o breu branco da bainha já molhada,
e ela dança

Livre e solta ao tempo.
Da maquilagem já borrada ainda se vê a menina-criança com o sorriso que não se apaga
Das mãos a delicadeza do bordado novo
E ela sonha

Com dias mais intensos
Do coração a leveza do segredo que se extingue
Dos olhos o brilho de uma flor de Bogarim
A menina-moça colhe

De cada gota um desejo...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010



Da noite eu quero só mais um caso, cair nos seus braços, que se danem os nós.
Dar-me ao nada, entregar-me ao escuro. Hoje eu quero o mundo nos meus braços, me sentir plena de tudo e sem razão pra me chamar. Fugir num túnel que leve a qualquer lugar, hoje eu não estou afim de me procurar. Quero mais uma dose, mais uma dança, mais um jogo, eu ainda tenho fichas pra apostar. O mundo rodando e querido, no momento eu só quero terminar de viver essa noite, isso passa muito rápido. Amanhã é outro dia e quem disse que eu ainda vou te amar? Então me segure firme agora, vamos dançar.
Eu estou sem nome, não quero saber da onde eu vim, e não tenho idéia de onde eu vou parar, alias essa noite eu não quero parar. Só peça pro sol não nascer tão rápido, eu não quero que ele me cegue e faça eu me lembrar.
Eu quero quebrar esse discos, te instigar a jogar comigo, sorrir e te convidar com um olhar, não me pergunte nada, eu estou nesse jogo e não vou te mostrar as minhas cartas.
Essas luzes estão piscando muito rápido e eu sinto que eu estou tão alta, há tantas pessoas, mas eu sinto que estamos tão intimos aqui... Não me pergunte sobre amanhã, eu estou vivendo o agora, e isso é só por um minuto, amanhã eu talvez nem mesmo me lembre do seu belo rosto, então entre comigo nessa, nada é real aqui.
Vou conhecer o vencedor e lhe passar a perna, e eu vou te dar um beijo e ir embora querido, sem olhar pra trás.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010




Ela sofria por dentro, sofria por ser ela mesma, ela sabia aonde estava e isso era o que mais a assustava. Gostava mesmo era de se perder, de não saber onde começava e onde terminava. Gostava de dançar a vida, sentir o gosto do doce sobre o amargo da pele. Como numa valsa louca, leve e vermelha ela era os extremos, era riso da manhã e era a trágidia premeditada. Nunca tinha posto os olhos em criatura tão mistica, com aquela sensibilidade que só os loucos possuem e era mais sã que qualquer um de nós. Nesse momento ela queria gritar, fugir de si mesma, se entregar aos sonhos, como se sonhos não fossem tudo o que ela tivera até aquele momento.

Hoje definitivamente era um dia diferente dos outros, hoje ela não tinha o mesmo brilho, talvez até brilhasse, mas era um brilho fosco meio fora de tom, desbotado. Se sentia incomodada com os olhares que recebera dele, como se ele a acusasse de um amor sem saber que ela não o sentia mais. Ela não escondia que um dia o amara, mas não o amava mais, e disso não fazia segredo. Para ela amor e segredo nunca couberam na mesma frase. O amor pra ela era sublime e quanto o sentia espalhava-o aos quatro ventos, para que a ventania de amor um dia lhe chegasse mais forte do que a brisa que ela lançara.

Sabia que a sensação de desconforto consigo mesma passaria rápido, tão rápido quanto o sol sendo tampado pelas nuvens negras, que apesar de despertar o medo em muitas pessoas, nela dispertava a ansiedade de uma criança prestes a fazer uma traquinagem.

A tempestade chegara a sua janela mais cedo do que ela esperava, com um sopro derrubou as persianas. Aquele cheiro de terra molhada que invadia suas narinas e fazia com que ela se sentisse solta. Correu para fora, o jardim estava em festa e ali se postou de pé, descalça brincando como uma criança que ri de si mesma e transborda a felicidade inocênte, nada no mundo colocava um sorriso tão rapido no seu rosto quanto brincar na chuva.

Minutos depois a chuva de verão foi embora, levando consigo toda a tristeza que antes se pousava em seu coração, deixando-o limpo e vazio. Vazio por que apesar de toda felicidade que sentia, queria o oco, queria o nada, como um quarto de hotel ainda não alugado, limpo e organizado esperando por um forasteiro que pudesse ocupa-lo por inteiro e por uma grande temporada.